Novos Projetos de Saúde Integral
A Fiocruz, em parceria com diversas instituições da sociedade civil, dará início a 56 novos projetos de saúde integral nas favelas do Rio de Janeiro. Esta iniciativa faz parte da primeira chamada pública do país com esse enfoque específico. Com um aporte inicial de R$ 4,5 milhões em 2021, a Fiocruz apoiou 41 projetos em seis cidades. Em 2024, a ampliação do investimento para R$ 22,2 milhões permitirá apoiar 146 projetos em 33 cidades do estado, beneficiando cerca de 385 mil pessoas até o momento.
Evento de Lançamento
O evento de lançamento, que reunirá 150 lideranças comunitárias, ocorrerá nesta sexta-feira (2/8) no Museu da Vida, em Manguinhos. O presidente da Fiocruz, Mario Moreira, estará presente para recepcionar as lideranças. Durante o encontro, representantes das organizações sociais selecionadas pela chamada pública receberão orientações sobre cronogramas e processos para execução dos projetos. Palestras com a participação das instituições parceiras também estão previstas.
Objetivos e Áreas de Atuação
Nos próximos meses, serão desenvolvidas ações para o treinamento profissional em saúde, saúde mental, agroecologia, comunicação e informação focada em arte e cultura, além da produção de diagnósticos sociais das políticas e serviços de saúde nas favelas.
Mario Moreira destaca a importância do diálogo da Fiocruz com os territórios para a sustentabilidade das ações: “A expansão do projeto potencializa o impacto das ações de saúde junto às populações mais vulneráveis no estado do Rio de Janeiro. Essas comunidades não são apenas beneficiárias, mas verdadeiras parceiras,” enfatiza o presidente da Fiocruz.
Investimento e Expansão
Serão destinados R$ 5,6 milhões especificamente para as ações de saúde integral nas favelas. Destas propostas, 55% foram elaboradas por organizações sociais que estão atuando pela primeira vez no âmbito do Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro iniciado em 2021. A abrangência territorial será ampliada dos atuais 18 municípios para 33, incluindo cidades como Barra Mansa, Belford Roxo, Cabo Frio, e Teresópolis.
Principais Cidades e Projetos
Das 56 novas iniciativas, diversos projetos merecem destaque:
- Niterói: 15 projetos
- São Gonçalo: 8 projetos
- Duque de Caxias: 7 projetos
- Mesquita: 5 projetos
- Itaguaí e Belford Roxo: 4 projetos cada
- Rio de Janeiro: 25 estratégias nas favelas da Zona Norte, 15 na Zona Oeste, 9 na Zona Sul e 5 na região central.
Parcerias e Participação Social
O coordenador-executivo do Plano, Richarlls Martins, destaca a importância das parcerias criadas: “As novas instituições fortalecerão a descentralização das ações. A ampliação da participação da sociedade civil na saúde nas favelas deve ser considerada no planejamento de políticas públicas voltadas para a redução das desigualdades na saúde e em outras áreas.”
Impacto e Resultados Acumulados
O Plano Integrado de Saúde nas Favelas RJ já impactou direta e indiretamente aproximadamente 385 mil pessoas em 18 cidades, com ações voltadas para segurança alimentar, saúde mental, comunicação em saúde, educação popular e geração de renda. Desde 2021, foram distribuídas 525 toneladas de alimentos e aproximadamente 100 mil refeições. Projetos focados na saúde mental, comunicação popular em saúde e educação integral também se destacam.
Futuro e Expansão
Simultaneamente aos novos projetos, será anunciada uma estratégia específica para a favela da Rocinha, além da expansão de ações em 2025 com foco na formação de profissionais de saúde e na construção de um plano de comunicação e informação em saúde para esses territórios.
Esta iniciativa da Fiocruz reafirma seu compromisso com a saúde integral, fornecendo suporte crítico a comunidades vulneráveis e promovendo a inclusão social através de parcerias robustas e ações coordenadas.